Seguimos de carro até São João da Aliança, de lá desembarcamos nossas bikes e começamos a peleja, uma chuva torrencial nos acompanhou durante todo o trajeto da Serra do morro do Chapel, trajeto esse que deixa qualquer um de queixo caido, são varias curvas, estrada de terra, cascalho solto, valas, e muita, muita água no lombo.
Eu e o Sr. Nino vazamos na frente, as borrachinhas de freio já não existiam mais, tanto pela descida como pela mistura de barro água e alumínio que saiam de nossas rodas.
As paisagens, mesmo com chuva, não deixavam a gente firmar as vistas somente no trajeto da estrada, paramos num mirante incrível, esperamos todos chegar, e contemplamos juntos aquela tão esplendorosa visão, nesse momento até a chuva deu um breque, para poder mostrar aos que viam pela primeira vez, a tão famosa barragem do Paranã.
Continuamos alucinados pela descida, e ela não acabava, pontes se desmanchado, barro, fazendinhas que mais pareciam miragens, era a visão do paraíso, por estar na frente do pessoal, eu e o Nino aportamos numa ponte que impossibilitava a passagem de um dos carros de apoio, neste caso o Uno do Abrãao(Pai da Nação) não poderia transpor esse obstáculo, tentamos ainda arrumar a passagem com pedras e pedaços de madeira, mais de nada adiantou.
Quando todos chegaram e viram que não era possível continuar por ali, pegamos o mapa para verificar os trechos alternativos, porem naquela posição não existia nenhum, decidimos então voltar para São João, e lá definir uma nova viagem, colocamos todas as nossas bikes nos veículos de apoio, e começamos a volta.
Porem a sorte nos pregaria uma peça, e logo na primeira subida o Fiat Uno não suportou o peso e por ter tração dianteira, as rodas deslizaram e o carro não subia, dai então seria muito fácil, pois o jipe Toyota com 4X4 e redução conseguiria reboca-lo nas subidas com facilidade, no entanto, numa manobra de ré, o jipe perdeu os freios, e desmoronou em cima do Uno, a sorte maior dos integrantes do grupo, é que todos estavam fora dos carros, somente os motoristas estavam dentro dos veículos, dai então com os dois carros impossibilitados, partimos para a sobrevivência, enquanto uns iam atras de um trator, ou outra ajuda semelhante, alguns preparavam a comida, arrumavam o acampamento, outros separavam galhas secas para a fogueira,com trabalho mútuo tratamos logo de arrumar nossa estadia em condições adversas, e com essa galera, nada tem obstáculos.
O franco e o Edson arrumaram um trator, pegamos a corda de Rapel, que em primeiro plano serviria para descer a boca da Terra Ronca, amarramos no carro, colocamos uma polia em uma arvore no meio da mata, e puxamos a outra ponta para o trator, dai foi fácil desvirar o Toyota, isso lá prás 20:00, o anjo que nos socorreu chama-se "JURA", ele e um amigo nos deram um apoio muito cordial, passando uma segurança muito forte para todos ali presentes, o trator puxou o Uno e eu subi com a toyota até a fazenda que o JURA trabalha, foi lá que acampamos e dormimos um sono muito gostoso.
Na manha seguinte, tratamos de arrumar as malas e aprontar outro rango, saco vazio não para em pé, para então seguir até São joão da Aliança e providenciar um guincho.
O pessoal que deu sorte nas bikes, seguiu até a cidade nelas, pois dentro dos carros não cabia mais nada, além das malas e dos malas que ficaram, embarcamos no guincho e seguimos destino a Brasólia,
FIM... Be continued...
