12 outubro 2008

153Km de Experiência...

Ensaio para verificar o planejamento de uma viagem que estamos organizando pro final desse ano. Eu e a Srtª Carô, estamos pretendendo ir rumo a três Ranchos, pedal inédito pra nós, e neste sábado resolvi rasgar sozinho com os alforjes rumo a roça do tio Assis, sai as 5:00AM e por volta das 7:20 estava no posto Flamingo, passei pelos pontos críticos bem cedo, e não tive problemas. A subida dos condomínios e de sobradinho foram os momentos mais difíceis pra mim, por que é subida que não acaba mais, pedala, pedala... e não se sai do lugar... uma desvantagem dos alforjes, pois já passei diversas vezes por lá, e nunca tinha sentido tanto.
Liguei pra minha namorada, afim de dar satisfação de onde estava e com quem estava... hehehe... comprei tody, “Energia que da gostoooo”... e mandei dois pães pra dentro.
Parti pro trecho novamente, a próxima parada era a cidade de Planaltina de Goiás, porem a seqüência de subidas fez adiantar uns 20Km essa parada, e comi no posto da PMDF, divisa com o GO, daí pra frente o calor já consumia meu cérebro, e as paradas tornaram-se mais constantes. Saquei uma grana no BB, pra tomar aquelas latinhas de refri, até esse ponto já avia ingerido 2,5L de água, muito seco mesmo.
cheguei na parte de terra saída de Brasilinha, de lá são 53Km até a currutela de Córrego Rico, foram quilômetros desafiadores, parei pra tomar banho em todas as pontes.
A paciência é uma virtude dada aos ciclo turistas, pois na maioria dos momentos eu estava a girar coroinha catracão, e sem desespero, nas decidas não pedalava, deixava a bike seguir seu rumo, descansava bastante, e poupava a velha bunda de guerra ficando de pé sempre que podia. A vantagem do alforje é que a comida estava ali todo tempo.
Eis que cheguei na ponte do rio Cocal, um rio espetacular, a ponte é feita de aroeira, muito velha, onde fiz um pequeno filme na maquina digital, disponível para acesso logo abaixo


De lá até a fazenda restavam ainda 30Km para a currutela, só de terra, pra se deliciar com as vistas mais belas que o cerrado pode oferecer, o MP3 já tinha passado todas as musicas, o calculo que eu fiz deu errado e as pilhas só chegaram até esse ponto. Daí então os sons dos pássaros, do vento e das águas me fizeram companhia. E, diga-se de passagem, que belos sons.
Cheguei no Pão de Queijo, local de parada obrigatória, bebi aquele Guaraná Antártica, “Original do Brasil” geladíssimo, que descia fazendo efeito opióide no cérebro, segui a viagem logo depois do doping de guaraná, e rapidamente cheguei a Córrego Rico, visto que a altimetria me ajudou bastante, muitas descidas, porem depois de lá as subidas tornaram-se mais fortes, tudo que desce sobe...

E quando faltavam apenas 10Km o psicológico estava a me pregar uma peça, comecei a desejar a chegada, o sol torrava minha cabeça e tudo que queria era beber aquela água gelada da vasilha de barro do tio Bebé. Dito e feito bebi uma jarra de água e depois de mais 3Km cheguei na Roça do Tio Assis. UFA... que lugar abençoado, para inicio de conversa, passei do lado do rio Arraial Velho, aquele som, aquela água limpinha, me convidou para mais um tibum, e já era 14:50Hs e a fome fala comigo por intermédio de um ronco que saia do meu aparelho digestivo.


Após o banho fui comer aquela comidinha feita no fogão de lenha. E contar lorotas pra galera que estava lá.
Boa experiência vivenciada e me garantiu uma bagagem logística muito importante para a realização deste projeto ao final do ano. Agora Sim...
E a volta? A volta foi de carro...hehehehe...aproveitei uma carona e cheguei em casa rapidão, 180Km em duas horas e meia... de bike foram 153Km em 8 horas e meia.
Obrigado Família pela preocupação e pela força... Obrigado a DEUS, pela força e proteção...